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Sérgio Cabral: 'Não reinventamos a roda
Reeleito neste domingo para comandar o estado por mais quatro anos, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, fez um balanço positivo das ações estaduais neste primeiro ano de preparação para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. E ciente de que a população não perdoaria uma decepção semelhante como a ocorrida nos Jogos Pan-Americanos Rio 2007, em que poucas melhorias foram ganhas para o dia a dia, principalmente, em relação aos serviços públicos, o governador disse ter a certeza de que essa percepção será outra ao fim de 2016.
Melhorias em transporte, segurança ou meio ambiente são ações esperadas por qualquer cidadão. Até que ponto os Jogos ajudarão a torná-las realidade?
Uma das estratégias do Governo do Estado, no momento de apresentação da candidatura, foi justamente elencar os projetos que já estavam alinhados com o nosso plano de governo. Não reinventamos a roda, pois sabíamos que obras de grande relevância para a população do Rio de Janeiro, como ampliação do metrô, urbanização de favelas, melhoria da segurança e despoluição das baías de Guanabara e de Jacarepaguá seriam também relevantes para a realização dos Jogos. O que fizemos foi aproveitar esta grande oportunidade para acelerar e viabilizar estes projetos e, em um ano, muitas delas já começaram a ser executadas.
E se o Rio não ganhasse, como estariam essas obras?
Acho que estão bem como estão hoje. Como eu disse anteriormente, estas obras seriam feitas de qualquer maneira, estavam em nosso compromisso de governo. Fizemos um grande esforço para adequar as nossas contas no início do mandato justamente para ter fôlego para investir e viabilizar grandes projetos.
Se as obras aconteceriam, para que servem os Jogos?
Posso citar muitos argumentos mas, em resumo, os Jogos Rio 2016 permitiram a canalização de mais recursos para o estado, a cidade, agilizando a realização de alguns destes projetos.
A melhoria dos transportes tem sido um tema tão abordado quanto a segurança. Atrasos, maus serviços prestados...
Para mudarmos esse quadro, iniciamos uma série de ações. No caso do transporte ferroviário, a aquisição de 120 novos trens, sendo que 30 já foram comprados, outros 94 serão reformados. Com relação ao metrô, já entregamos a estação Ipanema/General Osório e estamos concluindo a Cidade Nova. Isso sem falar das obras da linha 4 do metrô, que já começaram pela Barra da Tijuca. Os transportes estavam sucateados, o metrô não comprava um só carro há mais de uma década. E hoje garanto que quem viaja já sente que algo mudou para melhor.
As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram um dos principais projetos usados como propaganda na campanha Rio 2016. Elas resolverão o problema?
Trabalhamos sem descanso para isso. Quando falo que as UPPs foram uma conquista do povo do Rio é porque, com elas, milhares de pessoas estão livres do controle do tráfico e da opressão. Vamos levar a paz a todas as comunidades.
Mas episódios como a invasão do Hotel Intercontinental (em São Conrado, dia 21 de agosto) por bandidos mancham a imagem da cidade.
Sempre disse que não tinha ilusão e sabia do enorme desafio que me esperava na área de segurança. Aquele episódio, por pior que seja, mostrou que estamos no caminho certo. Era bandido fugindo de uma ação da polícia. Não foi a invasão de um hotel por bandidos. Eles fugiam de uma polícia que hoje trabalha para combater o crime e vai trabalhar cada vez mais.
E que balanço da preparação para os Jogos o senhor faz?
Um balanço muito positivo desse ano que passou. Neste período, foi fundamental a parceria com os demais níveis de governo, federal e municipal. E essa tem permitido canalizar para o Estado os recursos necessários para viabilizar obras e ações que estão sob nossa responsabilidade.
Daqui a alguns anos, então, o Rio será invejado por todos?
Penso como estarão a cidade e o estado daqui a alguns anos, com as favelas já urbanizadas, o transporte funcionando com muito mais qualidade e eficiência, a transformação ambiental que virá com a despoluição da Baía de Guanabara. Isto sem falar na intensificação do turismo, da projeção da imagem do Rio no exterior. Tudo isso ajuda a compor o maior legado desses grandes eventos: o aumento da autoestima do povo.
Postado originalmente: http://lc4.in/L5wk
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