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Imagens do Sindicato dos Médicos mostram UTI pediátrica vazia.Comissão de Saúde também constatou problemas
na UTI neonatal
Em meio à superlotação de unidades de saúde no Rio de Janeiro, a Maternidade Municipal Leila Diniz, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, inaugurada há três anos, tem um setor de Unidade de Tratamento Intensivo pediátrico (UTI), equipado, que nunca foi usado.
Diretores do sindicato encontraram parte dos equipamentos, sem uso, em outra sala. São, por exemplo, respiradores importantes para manter muitas crianças vivas. Segundo funcionários da maternidade, a UTI nunca funcionou por falta de médicos.
O prédio atual em nada lembra o antigo que ficava em Curicica, em Jacarepaguá, também na Zona Oeste, desativado em 2005 por causa dos constantes alagamentos e vazamentos de esgoto. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, que monitora vagas em toda a rede pública, existem 169 leitos em UTIs pediátricas, e seriam necessários pelo menos mais 30.
UTI neonatal está superlotada, diz vereador:
Na tarde desta quinta-feira (5), o vereador Paulo Pinheiro (PPS), da Comissão de Saúde da Câmara, vistoriou a Maternidade Leila Diniz e também constatou problema numa outra UTI, a neonatal - destinada a recém-nascidos - que está superlotada. A comissão informou que, nesta quinta-feira, havia 11 bebês internados, mas a capacidade do lugar é para cinco.
“É uma sobrecarga para os médicos, é uma sobrecarga para o profissional de enfermagem, e é uma piora da qualidade para as crianças e para as mães que vêm ter filhos”, disse o vereador.
A prefeitura do Rio informou que a maternidade foi construída no governo anterior, sem um planejamento de utilização, e que estuda uma forma de viabilizar a operação do setor de UTI pediátrica. A Secretaria municipal de Saúde disse, ainda, que prioriza a recuperação e ampliação de serviços já oferecidos, além da construção de novas maternidades, e que nos últimos dois anos ampliou o número de leitos neonatais e pediátricos.
Falta de UTIs:
A carência de vagas nas UTIs infantis também acontece em outros hospitais do Rio. No Hospital Pediátrico do Fundão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a direção teve que improvisar uma UTI numa enfermaria.
O filho de Maria do Socorro está internado há um mês. Ela conta que o estado de saúde dele piorou, mas o menino não conseguiu ser levado para uma UTI. A criança está sendo atendida no Hospital Municipal Lourenço Jorge. Se a Maternidade Leila Diniz estivesse funcionando adequadamente, a transferência poderia ser feita em poucos minutos.
“Ela falou que ele seria transferido, mas ela disse que não arrumou vaga. Eu queria que ele fosse para um recurso maior, porque aqui não tem para ele”, disse Maria do Socorro.
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