Serra é agredido durante enfrentamento entre
militantes em ato de campanha em
Campo Grande
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi covardemente agredido na tarde desta quarta-feira quando fazia uma caminhada pelo calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Militantes do PT confrontaram com bandeiras a comitiva do candidato, gerando muito empurra-empurra. De acordo com o deputado federal Fernando Gabeira (PV), o presidenciável chegou a ser ferido na cabeça.
confusão começou pouco depois da chegada de José Serra a Campo Grande. O candidato chegou a caminhar por cerca de cinco minutos, mas foi cercado por manifestantes com cartazes com ofensas a ele – em alguns deles era chamado de “assassino” – e bandeiras do PT. Um grupo de cerca de 30 pastores da Assembléia de Deus improvisou um cordão de isolamento para proteger o candidato, mas a confusão já tinha se espalhado.
Segundo o pastor Maurício Teixeira, que estava ao lado de Serra no momento de maior conflito, um militante petista atirou uma bobina de adesivos de papel, que acertou a cabeça do candidato. No meio da confusão, o tucano comentou rapidamente o episódio.
Esse é o estilo deles. É o estilo das tropas de assalto dos nazistas
- O PT tem tropa de choque. Não sei o que foi previsto, mas eles fazem isso no piloto automático - disse Serra, que estava visivelmente tenso.
- Esse é o estilo deles. É o estilo das tropas de assalto dos nazistas. Um comportamento muito típico de movimentos fascistas - completou.
Depois de atingido na cabeça, José Serra chegou a interromper a caminhada e entrou na van, mas poucos metros à frente desembarcou e voltou a andar a pé. O estrago, no entanto, estava feito. Com clima tenso, militantes acuados, a agenda na zona oeste do Rio perdeu o tom amistoso que marcou a campanha até então.
O empurra-empurra entre os militantes tucanos e petistas começou na metade final da caminhada, depois que os cabos eleitorais do PT passaram a xingar Serra. No meio da confusão entre as militâncias, o objeto teria sido lançado na cabeça do presidenciável. Comerciantes fecharam as lojas com medo da briga.
Uma mulher que fazia compras no calçadão afirmou ter ouvido dos manifestantes petistas que o movimento foi contratado. “Fui apanhada de surpresa. Passaram e me empurraram. Perguntei se precisavam fazer daquele jeito e um deles me respondeu: estamos sendo pagos para isso, para dar porrada”, disse a auxiliar de enfermagem Marcelhe Mattos, de 35 anos.
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