sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

CINEMA:Retrospectiva 2010 - Momento de celebração

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Este Post tem apoio cultural da Inspiração Perfumes
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Cinema acumula recordes em 2010: 
em bilheteria, ultrapassa pela primeira vez a marca de R$ 1 bilhão. Tropa de elite 2 supera público de Avatar e é o brasileiro mais visto da história
Alexandre Lima/Divulgação - Fox/Divulgação
O ano prenunciava o boom do cinema 3D no Brasil e no mundo. Por aqui, veio uma surpresa arrasa-quarteirão, a continuação de Tropa de elite, que chegou para balançar estruturas. O filme de José Padilha triturou a realidade virtual contrapondo o mundo mais que real brasileiro. E, com sua dimensão hiper-realista, beirou a casa dos 11 milhões de espectadores.

Ao tridimensional longa de James Cameron, Avatar, restou o segundo lugar e pouco mais de 9 milhões de público – conforme dados da Filme B, especializada em análise e pesquisa do mercado cinematográfico. Ainda assim, Paulo Sérgio Almeida, diretor da empresa carioca, assegura que 2010 foi o ano do cinema brasileiro, graças ao fenômeno capitão Nascimento, mas também o ano da terceira dimensão e de Avatar.

 As 10 maiores bilheterias no Brasil em 2010:
“O 3D atingiu plenamente as expectativas, só não fez mais bilheteria porque faltaram equipamentos. As fábricas não deram conta dos pedidos. Se cada exibidor pudesse, teria no mínimo duas salas em 3D por complexo”, analisa. E Avatar bateu o recorde histórico de Titanic, tornando-se o filme mais vistos de todos os tempos no mundo. 

O especialista defende que “o 3D foi em 2010 o grande diferencial que o cinema apresenta de quando em quando, mas Tropa de elite 2 foi a grande surpresa. Quem poderia imaginar que fizesse o público que fez?”. Para ele, o longa de Padilha veio também para desmanchar uma máxima, a de que o brasileiro está cansado dos temas favela e violência.

“Tudo depende do produto. Tropa é sucesso porque fala o que o espectador quer ouvir, fala mal do corrupto, que é torturado na frente da câmera. Mostra que a corrupção não é só a que está nas nossas vistas, que ela existe em diversos níveis – policial, político. E apresenta tudo isso de forma bastante didática”, esclarece.

Paulo Sérgio destaca que o cinema está vivendo um grande momento, de celebração, em todos os setores: “A exibição se renova a cada dia, a competição está acirrada, as operadoras internacionais estão fazendo altos investimentos, da mesma forma que os exibidores médios e pequenos estão investindo bastante. Devemos chegar a uma média de R$ 150 milhões para produções. O ano de 2011 pode ser igual ou melhor.”

Mais de R$ 1 bilhão:
No ano passado, o cinema no Brasil registrou arrecadação bruta total de R$ 970 milhões, recorde histórico. Se o mercado chegou perto da cobiçada marca de R$ 1 bilhão de bilheteria, este ano vai ultrapassá-la pela primeira vez. Deve fechar em R$ 1,2 bilhão. Os dados são da Filme B e o diretor da empresa, Paulo Sérgio Almeida, analisa que os números refletem economia forte, em ascensão, “pois pela primeira vez está ocorrendo forte distribuição de renda das classes C e D, público carente de cinema e infinitamente maior que as classes A e B. Representa 70% da população do Brasil. Tudo indica que 2011 será igual ou melhor”. 

 Veja as estreias mais aguardadas para 2011:
Jair Bertolucci/TV Cultura
Recorde histórico
Tropa de elite 2, dirigido por José Padilha (foto), se tornou o filme nacional mais visto da história em salas de cinema. Com uma marca próxima de 11 milhões de espectadores (10.848,9 até 13 de dezembro), o longa se tornou o maior fenômeno do cinema nacional de todos os tempos. Se o primeiro filme, de 2007, foi visto por mais de 11 milhões de pessoas, só que fora dos cinemas (apenas 2,5 milhões foram às salas de exibição), a sequência driblou a pirataria ao se inscrever na Agência Nacional do Cinema sob outro título (Crime organizado) e trocar inúmeros nomes de personagens. Isso sem contar que todas as páginas foram impressas em vermelho, para evitar o uso da cópia do conteúdo. E deu certo. Tropa 2 passou ao primeiro posto no ranking, ultrapassando Dona Flor e seus dois maridos (de 1976), de Bruno Barreto, que levou aos cinemas 10,735 milhões de espectadores (dados oficiais da OCA/Ancine).


No início do ano (26 de janeiro), a 20th Century Fox anunciou que a arrecadação mundial de Avatar, de James Cameron (foto), atingiu US$ 1,859 bilhão, batendo o US$ 1,843 bilhão arrecadado por Titanic, em 1997-1998 (ressalte-se que os números não foram reajustados com a inflação). Fato é que o filme quebrou o recorde aparentemente insuperável de Titanic (também dirigido por Cameron) em pouco mais de seis semanas, dando ao diretor a notável proeza de dirigir os dois filmes mais vistos de todos os tempos.
Gabriel Bouys/AFP
Ficção e realidade:
O Oscar 2010 teve o maior número de indicações para dois filmes que trafegam em espaços opostos. De um lado, a aposta na tecnologia, Avatar, de James Cameron, filme que comprova a força do 3D e de uma boa história. Não foi à toa que conquistou a maior bilheteria de todos os tempos, ultrapassando histórica marca de Titanic. De outro lado, Guerra ao terror, de Kathryn Bigelow (foto – coincidentemente, ex-mulher de Cameron), mostrou a força dos independentes. A diretora venceu a disputa pela estatueta, com produção ousada. Elenco pouco conhecido, ritmo lento e forte carga política (contra qualquer tipo de ocupação e não apenas a enfocada, a do Iraque). A grande novidade da premiação mais badalada do cinema foi o aumento de cinco para 10 candidatos a melhor filme.
Globo Filmes/Divulgação
Espiritismo em cena:
Oitavo filme no ranking geral dos mais vistos este ano no Brasil, Nosso lar (foto), de Wagner de Assis (com 4.060,0 milhões de espectadores), atrás de Alvin e os esquilos 2 (5.153,7 milhões) e à frente deHarry Potter e as relíquias da morte (com 3.823,6 milhões), não foi o único filme brasileiro de temática espírita que figurou na lista dos 10 mais vistos do ano. O lanterninha foi Chico Xavier, de Daniel Filho (com público de 3.414,9 milhões). Também de temática espírita, estreou este ano o documentário As cartas psicografadas por Chico Xavier, de Cristiana Grumbach, sobre pessoas que tentaram, por meio do médium Chico Xavier, entrar em contato com seus mortos.

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