terça-feira, 25 de janeiro de 2011

TECNOLOGIA: Steve Wozniak, o rei da Campus Party

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Este Post tem apoio cultural da Sabor Real
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Não foram Al Gore, nem Tim Berners-Lee, nem apagão, nem a garota que dançou em cima da mesa agora há pouco (embora tenha chegado perto) os responsáveis por 
parar a Campus Party. Foi Steve Wozniak

Steve Wozniak, fundador da Apple (junto com Steve Jobs), a maior celebridade que passou nesses 6 dias de evento – pelo menos para quem estava aqui. “Woz é uma figura quase mítica. Se não fosse por ele, eu não estaria na informática”, contou o desenvolvedor de software Mauro Nunes, que veio de Botucatu (interior de SP) para a Campus Party, sem conhecer ninguém, só para vê-lo.

Depois de lotar sua palestra, realizada neste sábado à noite no palco principal, centenas de campuseiros se dispuseram a esperar até 3 horas em uma fila gigantesca (dá para ter uma ideia no vídeo que eu fiz) só para conseguir um autógrafo. Animadíssimos. “Aguentamos 8 horas na fila só para entrar aqui no primeiro dia. Esperar para ver o Wozniak não é nada”, disse o estudante de Sistemas de Informação João Matheus Piai, de Florianópolis (SC). “Se não fosse ele, nós nem estaríamos aqui”.

“Foi ele quem teve a visão do computador como é hoje, numa época em que ninguém pensava nisso. Steve Jobs era a cabeça comercial da Apple. Woz foi a cabeça técnica”, explicou o analista de redes Alberto Martins, também de Florianópolis. Para ele, Wozniak ainda tem outro ponto a seu favor: “Por não ser da Apple nem da Microsoft, ele tem a liberdade para dizer o que dizer sobre as duas companhias”. É, de fato essa liberdade foi usada durante a palestra. Woz, como é chamado, criticou o fato de a Apple não permitir ao usuário desenvolver seus próprios aplicativos. “Temos centenas de milhares de ótimos aplicativos, mas esse controle é uma preocupação. Não entendo por que a pessoa não tem o direito de criar os seus próprios usando ferramentas open source”.
Mas elogiou Steve Jobs (“ele é daquelas pessoas que realmente podem mudar o mundo”) e, sobre o relacionamento dos dois, disse: “Sempre fomos amigos. Nunca fomos os melhores amigos, mas ele sempre me tratou com respeito”.

Wozniak também defendeu que a internet deve ser livre para o usuário final. “Eu pago, então devo estar livre para decidir como vou usar minha internet”, disse. E alfinetou os governos: “A internet deve ser um espaço livre. É muito ruim que não tenhamos um governo mundial que assegure essa liberdade. Mas não podemos aceitar quietos. Temos de protestar”.


Um comentário:

  1. O que mais me impressiona é que se fala em software livre mas não se fala da Fundação para o Software Livre, que permite isso. As mesmas empresas Microsoft, Apple, IBM, Kodak, que se beneficiam do que é livre, exploram o mercado sem se dar conta da importância de se abrir o formato. Se o TCP/IP que é o protocolo de transmissão de dados padrão fosse proprietário, para cada conexão estaríamos pagando direitos autorais para alguém. Porque é livre, todos usam sem pagar sobretaxas e ainda ganham em cima. Aqueles que não ganharam dinheiro a rodo permitiram que outros ganhassem, e não tiveram um minimo incentivo a isto e ainda por cima são criticados, chamados de comunistas etc. Se houve algum visionário nesta história toda se chama RICHARD STALLMAN, que fundou a FSL.
    Kallikrates (Patos de Minas)

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