quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

CONHECENDO PARA ENTENDER: Perguntas e respostas 2 (O Livro dos Espíritos)

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Este Post tem apoio cultural da Sandy Hair
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As causas primárias

CAPÍTULO 01

DEUS
Deus e o infinito –
Provas da existência de Deus –
Atributos da Divindade – Panteísmo

1 O que é Deus?
– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. (1)

2 O que devemos entender por infinito?
– O que não tem começo nem fim; o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.

3 Poderíamos dizer que Deus é infinito?
– Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, que éinsuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência.
(G-Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é infinito é tomar o atributo(2) de uma coisa por ela própria, é definir uma coisa que não é conhecida por uma outra igualmente desconhecida.)

PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS:
4 Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?
– Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e a vossa razão vos responderá.
G-Para acreditar em Deus, basta ao homem lançar os olhos sobre as obras da criação. O universo existe, portanto ele tem uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa e admitir que o nada pôde fazer alguma coisa.
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1 - O texto colocado após o travessão na seqüência das perguntas é a resposta que os Espíritos deram. O sinal G indica que é um comentário de Kardec às respostas dos Espíritos (N. E.).

2 - Atributo: qualidade de um ser, aquilo que lhe é próprio. Neste caso, ser infinito é uma das qualidades de Deus entre todas as demais, mas não é só isso, ou não é o bastante para O concebermos (N. E.).
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5 Que conclusão podemos tirar do sentimento intuitivo que todos os homens trazem em si mesmos da existência de Deus?
–  A  de  que  Deus  existe;  de  onde  lhes  viria  esse  sentimento  se  repousasse  sobre  o  nada?  É  ainda  uma  conseqüência  do  princípio  de  que  não há  efeito  sem  causa.


6 O sentimento íntimo que temos em nós da existência de Deus não seria o efeito da educação e das idéias adquiridas?
–  Se  fosse  assim,  por  que  vossos  selvagens  teriam  também  esse sentimento?
G Se o sentimento da existência de um ser supremo fosse o produto de um ensinamento, não seria universal. Somente existiria naqueles que tivessem recebido esse ensinamento, como acontece com os conheci
mentos científicos.



7 Poderemos encontrar a causa primária da formação das coisas nas propriedades íntimas da matéria?
–  Mas,  então,  qual  teria  sido  a  causa  dessas  propriedades?  Sempre  é preciso  uma  causa  primária.
G Atribuir a formação primária das coisas às propriedades íntimas da matéria seria tomar o efeito pela causa, porque essas propriedades são elas mesmas um efeito que deve ter uma causa.


8 O que pensar da opinião que atribui a formação primária a uma combinação acidental e imprevista da matéria, ou seja, ao acaso?
– Outro absurdo! Que homem de bom senso pode conceber o acaso como  um  ser  inteligente?  E,  além  de  tudo,  o  que  é  o  acaso?  Nada.
G A harmonia que regula as atividades do universo revela combinações e objetivos determinados e, por isso mesmo, um poder inteligente. 

Atribuir a formação primária ao acaso seria um contra-senso, porque o 
acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz.
Um acaso inteligente não seria mais um acaso.

9 Onde é que se vê na causa primária a manifestação de uma inteligência suprema e superior a todas as inteligências?
–  Tendes  um  provérbio  que  diz:  “Pela  obra  reconhece-se  o  autor.”
Pois  bem:  olhai  a  obra  e  procurai  o  autor.  É  o  orgulho  que  causa  a  incredulidade.  O  homem  orgulhoso  não  admite  nada  acima  dele;  é  por  isso  que se  julga  um  espírito  forte.  Pobre  ser,  que  um  sopro  de  Deus  pode  abater!
G Julga-se o poder de uma inteligência por suas obras. Como nenhum ser humano pode criar o que a natureza produz, a causa primária é, portanto, uma inteligência superior à humanidade.
Quaisquer que sejam os prodígios realizados pela inteligência humana, essa inteligência tem ela mesma uma causa e, quanto mais grandioso for o que ela realize, maior deve ser a causa primária. É essa inteligência 
superior que é a causa primária de todas as coisas, qualquer que seja o 
nome que o homem lhe queira dar.



10 O homem pode compreender a natureza íntima de Deus?
–  Não,  falta-lhe,  para  isso,  um  sentido.

Continua....


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