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Este Post tem apoio cultural da Sandy Hair
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No ensaio deste sábado, a agremiação aproveitou o bom samba-enredo, além da noite inspirada da dupla Luizinho Andanças e do mestre Thiago Diogo para cantar de maneira muito feliz a obra de Maria Clara Machado, enredo de 2011 do Tigre
- Vamos mostrar as obras da Maria Clara durante o desfile. Será um carnaval bem colorido, então sempre esperamos muita animação. A escola está feliz com o enredo e o samba está encaixado com a bateria e com o intérprete - disse o carnavalesco Paulo Menezes.
A evolução e harmonia trabalharam bem e tiveram pouco o que fazer durante o ensaio. Um dos pequenos problemas foi o número menor de componentes que a Porto da Pedra levou em relação às outras escolas. Pouco menos de duas mil. Quando a bateria saiu do primeiro recuo, a comissão de frente ainda se apresentava na terceira cabine de jurados. Além disso, a ala à frente da bateria avançou e deixou um espaço grande na pista.
Entre as alas, muita descontração e a maioria dos componentes sabia o samba-enredo. A animação mais contida no primeiro ensaio foi deixada de lado. O que ficou muito claro em uma das alas coreografadas. Mesmo com a complicada coreografia utilizando guarda-chuva, os componentes cantaram com o samba com determinação.
- O ensaio de hoje me deixou emocionado. Eu não tenho nem palavras para explicar o que estou sentindo. Hoje foi tudo 100%. O Luizinho Andanças foi perfeito, a bateria arrebentou, a evolução foi tranquila e sem problemas e o canto dos componentes foi demais. Nem o sapato que desprendeu da porta-bandeira atrapalhou pois a coreografia que eles apresentaram não era a original. Se tivéssemos que desfilar amanhã estaríamos prontos para sermos campeões do carnaval - contou Amaury Oliveira, diretor da Porto da Pedra.
A bateria de mestre Thiago Diogo repetiu o bom desempenho dos últimos ensaios. Os ritmistas da escola conseguiram em pouco tempo colocar a bateria no hall das melhores do carnaval. A trajetória rápida também foi discreta. Thiago Diogo aparece pouco, dispensa holofotes e apenas faz seu trabalho. A recompensa aparece nos ensaios e no dia do desfile. Logo nas primeiras passadas do samba, os ritmistas começaram a mostrar a variação de bossas e paradinhas que estão sendo preparadas para o desfile oficial. A sintonia com o intérprete Luzinho Andanças também é evidente. O cantor preferiu desfilar no chão a cantar em cima do carro de som. Quando a bateria chegou ao segundo recuo, Luizinho cumprimentou o mestre e por muitas vezes reverenciou a bateria. Com um timbre de voz impressionante e peculiar, Luizinho está cantando de maneira muita segura e regular.
- A bateria vem ensaiando desde abril com 280 componentes, agora estamos com 320, para selecionarmos os melhores e recuperarmos os três décimos que perdemos no ano passado. Vamos trazer um efeito especial nunca visto no Sambódromo. A rainha está entrosada com a bateria e completou o que faltava. O andamento hoje foi perfeito e temos quatro paradinhas ensaiadas. Costumo dizer que elas são preparadas para início, meio e fim. Se eu faço uma paradinha na cabeça do samba, com certeza farei no final. Isso ajuda muito, tanto para levantar o ritmista quando o ritmo cai, como para dar uma segurada quando eles querem acelerar o andamento - afirmou mestre Thiago Diogo.
Já o casal de mestre-sala e porta-bandeira Diego e Denadir precisou se superar no ensaio deste sábado. Durante a apresentação na primeira cabine de jurados em frente ao setor 3, o sapato de Denadir acabou saindo e ela dançou com apenas um calçado. Quase no fim, ela tirou o outro sapato que foi chutado de maneira discreta pelo mestre-sala. Os dois se saíram bem e foram aplaudidos pelo público. Mas é claro que isso no dia oficial teria consequências graves no julgamento da dança.
- O que apresentamos hoje não foi a coreografia oficial, mas apresentamos alguma coisa em respeito ao público. A porta-bandeira tem que se garantir e a minha se garantiu - explicou o mestre-sala sobre o momento que Denadir perdeu o sapato no meio da exibição. Ela completou: - O sapato desprendeu porque meu pé estava suado. Isso mostra que pode acontecer de tudo na Avenida, só não posso perder o ritmo. E não perdi.
A comissão de frente não levou a coreografia principal. Diferentemente do primeiro ensaio, o grupo preferiu realizar a coreografia sem nenhum adereço nas mãos. Sob o comando da coreógrafa Alice Arja, os dançarinos fizeram referência à peça infantil "O Cavalinho Azul".
A Porto da Pedra encerrou seu segundo ensaio na Marquês de Sapucaí de maneira tranquila, sem correria. A escola agora volta ao Sambódromo na Segunda-feira de Carnaval. O Tigre será a 5° agremiação e desfila entre a Grande Rio e a Beija-Flor. Um "baita" teste para a escola. Mas se a Porto da Pedra quer se ver grande, nada mal para começar.
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