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Este Post tem apoio cultural da RecreioTur
O governo do Estado de São Paulo pretende criar uma ‘desmontadora'' de veículos e conta, para isso, com apoio das fabricantes
O plano foi divulgado ontem pelo vice-governador, Guilherme Afif Domingos, durante evento na fábrica da Volkswagen em Taubaté.
Afif explicou que a ‘desmontadora'' significa criar espaços para a reciclagem dos veículos apreendidos e que ficam parados nos pátios do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) paulista. "Em uma primeira etapa precisamos resolver problema de pátio, são mais de 100 mil veículos atualmente em condições precárias", disse.
Depois, a iniciativa da reciclagem de automóveis apreendidos com dívidas muito elevadas e que não são procurados pelos proprietários pode virar um negócio, com a concessão da atividade para a iniciativa privada - por exemplo, usinas de aço.
Com esse objetivo, Afif Domingos contou que a intenção do governador Geraldo Alckmin é tirar o Detran do guarda-chuva da Polícia Civil e da Secretária de Segurança Pública e torná-lo autarquia estadual.
Depois disso, haverá um primeiro posto experimental de reciclagem na cidade de São Paulo - que foi escolhida para iniciar a experiência por já ter programa de inspeção veicular.
Para o presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, a ideia é bem-vinda, já que a retirada de carros velhos de circulação pode ajudar o mercado de veículos novos.
A montadora fez ontem o lançamento da pedra fundamental da área de pintura da fábrica da montadora em Taubaté (SP).
A nova área, que vai substituir a atual, receberá investimento de R$ 300 milhões e permitirá elevar a capacidade produtiva de 1.050 para 1.300 veículos por dia, com a utilização plena das instalações. O valor faz parte do plano de aportar R$ 6,2 bilhões de 2010 até 2014 no Brasil.
As fundações da instalação (65 mil m²) foram iniciadas em janeiro e o começo das operações está previsto para dezembro de 2012. A fábrica, que completa 35 anos de existência, produz atualmente os modelos Novo Gol e Novo Voyage.
Com o investimento, a empresa resolve mais um gargalo importante para que continue renovando o portfólio de produtos e crescendo no País.
Em dezembro, a Volkswagen havia inaugurado ala de pintura na fábrica Anchieta, em São Bernardo, que possibilitou a elevação da capacidade produtiva de 1.300 carros por dia para 1.600 diariamente no Grande ABC.
Presidente da Volks estima alta de 6% no setor
Thomas Schmall está confiante no crescimento do mercado automotivo brasileiro neste ano. Ele estima expansão de 4% a 6% frente a 2010. Para o executivo, a queda de 35% nas vendas de carros novos em janeiro em relação a dezembro, contabilizada pelo segmento nacional, tem de ser relativizada. "Janeiro é sempre inferior a dezembro. É preciso ver que foi maior do que janeiro do ano passado."
Ele estima ainda que a produção da Volks deve crescer 5% a 6% neste ano. No ano passado, foram 823 mil unidades fabricadas, das quais 150 mil foram exportadas. Em relação ao mercado externo, Schmall vê dificuldades para a expansão das vendas, por conta do sobrevalorização cambial (ou seja, o dólar em queda frente ao real).
Por sua vez, o executivo salientou que, embora não seja o objetivo da empresa, pode haver aumento da importação de peças, nesse cenário de câmbio vantajoso para o item adquirido do Exterior, para manter a competitividade.
Schmall reforçou que um dos focos da empresa será no futuro carros no segmento abaixo do Gol (ou seja, com preço menor que esse modelo, cujo valor inicial é de cerca de R$ 26 mil), para explorar nicho de mercado que hoje tem 7% das vendas de veículos no País e que deve chegar a 14% em quatro a cinco anos.
A ideia é aproveitar ascensão da classe C, que cada vez tem mais condições de acesso à compra de automóveis. Ele cita que o interesse também é disputar com montadoras estrangeiras (como as chinesas), que têm entrado com força nesse segmento. LF
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