_____________________________________________________________________________
Este Post tem apoio cultural da Art & Neon
_______________________________________________________________________________
Uma viagem pelo tempo leva a Imperatriz a passear pela história da Medicina, conhecendo a sua origem e o seu desenvolvimento
A arte de salvar vidas deve ter sua importância enaltecida e merece essa grande homenagem oferecida pelos leopoldinenses. Deixe o tempo te levar...
Desperta a Velha África. Desperta do solo africano o poder de curar.
Nos primórdios de sua existência, o homem encontrava na caça de animais e na coleta de espécies vegetais, os meios para sua sobrevivência. Nômade por excelência, nutriu-se dos elementos naturais encontrados para exercer o poder da cura. Praticava rituais que buscavam o autoconhecimento e o equilíbrio do ser, através das manifestações da natureza e da compreensão de seus fenômenos.
Os sacerdotes africanos, primeiros praticantes da mágica arte da cura, evocavam a sabedoria da mãe-natureza para aprender o perfeito modo de utilização das plantas, raízes e ervas medicinais.
Batidas de tambor. Danças. Ervas. Curandeiros. Uma viagem espiritual ao encontro das formas de proteção e controle do corpo. A cura estava diretamente ligada à magia e à crença na força dos poderes da natureza e seus elementos.
Com o passar do tempo, diversas outras civilizações pelo mundo passaram a desenvolver seus próprios pensamentos médicos. Dentre elas, pode-se citar os hindus, fundadores da Ayurveda (Ciência da Vida); os semitas em geral, que acreditavam na noção de que a doença era um castigo divino; os mesopotâmios que viam uma relação entre a movimentação dos astros, a mudança das estações e as doenças; os chineses, através de sua medicina tradicional que se baseava na cura por plantas e outros elementos naturais; e, principalmente, os egípcios.
O esplendor da civilização do Egito Antigo trouxe a evolução do conhecimento de diversos procedimentos médicos, o uso de numerosas drogas e a realização de pequenas cirurgias, além da técnica da mumificação, marcando a história da arte de curar.
Um traço comum entre essas sociedades citadas é a profunda relação entre a religião e a prática da cura. Seus povos, diferentemente do homem pré-histórico, acreditavam na existência de deuses superiores aos homens, que seriam os verdadeiros responsáveis pela saúde e pela doença. Os deuses, não só eram os detentores do poder de curar e dos conhecimentos médicos, mas também respondiam pelo desequilíbrio do corpo humano e pelo envio das doenças e enfermidades.
A cura mítica ainda era a base da crença do povo da Antiguidade. A magia e a religião se enlaçavam e influciavam a prática médica.
O povo da grande Grécia, inicialmente, sustentava suas crenças em sua mitologia, na qual os poderosos deuses influenciavam a vida e a morte, tendo o poder de curar ou provocar doenças. Os gregos acreditavam que a doença era um severo castigo dos céus, enquanto a cura, uma benção divina. Nos templos de Asclépio, Deus grego da Medicina, se realizavam rituais para curar, englobando banhos e poções para relaxar e adormecer, já que a cura deveria vir com os sonhos, durante o sono do enfermo.
Com o desenvolvimento do valor humanístico na Grécia, a prática da cura tomou um caráter racional, empregado principalmente por Pitágoras, o que possibilitou o surgimento de uma medicina verdadeiramente científica. Hipócrates, o pai da medicina desenvolveu métodos que se baseavam na filosofia, no raciocínio e na lógica, idealizando um modelo ético e humanista da prática médica.
A objetividade e a precisão se tornaram elementos imprescindíveis para o diagnóstico das enfermidades, sendo necessária a separação da Medicina da noção religiosa. Os estudos realizados pelos médicos passaram a substituir a fervorosa crença nos deuses e na cura pela magia pela observação empírica de seus pacientes.
Com o início do período da Idade Média, a ciência médica, assim como a vida humana, passou a ser dominada pela Igreja Católica. Esta, abafou o desenvolvimento científico e filosófico, trazendo tempos de trevas e pouca evolução para a Medicina. O conhecimento era restrito ao ambiente católico, tendo os monges como principais pensadores, que deveriam basear seus estudos na fé e na salvação da alma, ao invés da evolução científica. Para a Igreja Católica, o corpo do homem era intocável à dissecação, pois este representava o corpo de Cristo, considerando o estudo de anatomia algo pagão e inumano.
A desprezível falta de noção higiênica da sociedade medieval possibilitava a proliferação de diversas doenças, que se tornavam verdadeiras epidemias. A peste negra aterrorizou a população europeia e assolou o continente, deixando fortes marcas em seu chão.
Da escuridão, renasce a esperança com o surgimento do movimento humanista, no qual era centrado o Renascimento europeu. Um novo jeito de pensar. Uma nova mentalidade. O homem é o centro do universo. Em total contraponto à era medieval, o período renascentista trouxe diversos avanços e descobertas científicas para a Medicina. As universidades passaram a se distanciar das bases religiosas e dos credos eclesiásticos, focando nos estudos de anatomia e fisiologia, muito pesquisados por Leonardo da Vinci (pai da anatomia), Versalius e Michelangelo.
Brilha. Reluz o século das luzes. Com o advento do Iluminismo, correntes filosóficas surgem na Medicina, enfatizando o uso da razão e da ciência para explicar o universo. Um grande desenvolvimento das especialidades médicas, como a Cardiologia, a Obstetrícia e a Pediatria tiveram um grande destaque, apresentando novos caminhos para a evolução da medicina moderna. A criação do microscópio, do termo célula, da homeopatia, além das diversas descobertas na física, química e outras áreas, foram importantes acontecimentos iluministas, que possibilitaram o progresso da Medicina em geral.
Todas as evoluções demonstradas nos períodos anteriores se tornaram base para o grande desenvolvimento que a Medicina contemporânea apresentou e continua a nos apresentar. Sua evolução é constante e surpreendente. A imunização preventiva, a descoberta do raio X, a descoberta de novos medicamentos, e a cirurgia plástica são frutos deste esforço da Ciência Médica. Apesar dos debates éticos trazidos pela sociedade civil, os estudos de genética e células artificiais trazem esperança para a criação de novos remédios e vacinas preventivas. Além disso, a evolução dos estudos do DNA, traz os segredos da “Chave da Vida”, possibilitando o desenvolvimento de pesquisas relativas à clonagem.
A Medicina e a arte de curar estão sempre em evolução. O estudo e as pesquisas são extremamente necessários, para que a construção de novas técnicas de cura ou novas formas de prevenção a doenças surjam.
Povo do Brasil, povo carioca, de bem com a vida, feliz e festeiro, vai buscar no carnaval e no samba a sua felicidade e a cura para os seus problemas. O brasileiro encontra o seu bem-estar ao vestir a sua fantasia e passar pela passarela da imaginação, ao ouvir a batucada da bateria, ao sentir o pulsar do surdo como se fosse o seu próprio coração, ao ouvir a melodia do cavaquinho, ...
O povo quer sambar, quer encontrar uma forma de esquecer os seus problemas. Sai pra lá, dengue! Sai pra lá gripe suína!
O que resta a este povo guerreiro é a felicidade. Rio de Janeiro, palco do maior carnaval do mundo. Venha para cá e encontre no samba a cura para a sua dor.
Deixe o prazer do samba e do carnaval dominarem seu corpo. Com o prazer que sentimos, nosso corpo libera uma substância chamada endorfina. Esse hormônio, ao ser liberado, viaja pelo nosso organismo, oferecendo uma sensação de bem-estar, conforto, tranquilidade e felicidade.
Sinta o “hormônio da alegria” correr e alivie a sua dor sambando. O samba também faz bem para o corpo e para a mente.
Além disso, devemos reconhecer os grandes esforços dos médicos brasileiros, que tentaram, de diversas formas, trazer saúde ao nosso povo e conhecimentos para a evolução de novas técnicas médicas. Oswaldo Cruz. Carlos Chagas. Vital Brazil. Ivo Pitanguy. E muitos outros.
Parabéns médicos brasileiros! Parabéns médicos de todo mundo!
Não perdendo o espírito carnavalesco, podemos afirmar que, mesmo com toda a evolução que a Medicina tem nos apresentado e com todo o seu desenvolvimento, de acordo com a letra da marchinha dos antigos carnavais, ainda está pra nascer o doutor que cure a eterna dor de cotovelo.
“Penicilina cura até defunto
Petróleo bruto faz nascer cabelo
Mas ainda está pra nascer, O doutor
Que cure a dor de cotovelo”
Marchinha de Klécus Caldas e Armando Cavalcanti
Sambista, esqueça a dor! Vista a fantasia e caia na folia com a Imperatriz!
Sambar faz bem à saúde!
Compartilhe e espalhe por aí:
Nenhum comentário:
Postar um comentário