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Este Post tem apoio cultural do Churrasqueiro e Cia de Festa
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Espanhol que já teve negócios polêmicos reabre lendário Le Méridien após dois anos de obras e transforma o Windsor na maior rede do Rio
Após dois anos de obras, a rede hoteleira Windsor reabriu as portas do arranha-céu que abrigou o lendário Le Méridien, na Praia de Copacabana. Com um investimento total estimado por operadores do setor em R$ 270 milhões, o hotel que ficou famoso pelas cascatas de fogos no réveillon foi rebatizado de Windsor Atlântica e marca a expansão da rede carioca.
Em uma década, o grupo Windsor dobrou de tamanho e se tornou a maior rede hoteleira do Rio. Em 2000, a rede tinha apenas quatro unidades. Com a abertura do Windsor Atlântica, os dez hotéis do grupo somam quase 3 mil quartos. O foco no turismo de negócios numa cidade mais conhecida pelo lazer foi a estratégia da rede para aumentar o faturamento e engordar o caixa para aquisições.
"Hotel no Rio hoje vive é do turismo de negócios", diz Paulo Marcos Ribeiro, diretor de marketing da rede. "Mesmo o Windsor Atlântica terá a demanda de empresas como alvo principal. É um segmento que cresce muito no Rio, responsável por 75% da nossa ocupação. Até a demanda que já sentimos em relação à Copa e à Olimpíada é corporativa, de empresários e dirigentes. Turista para ver jogo só aparece nos dias do evento."
A rede Windsor cresce sob a liderança do empresário José Oreiro Campos, que toma todas as decisões e supervisiona pessoalmente as obras de expansão do grupo, mas não gosta de entrevistas ou de abrir números da empresa. Estima-se que o faturamento anual da rede Windsor seja hoje de R$ 250 milhões.
Integrante da geração de imigrantes espanhóis que chegou ao Rio nos anos 50 e enriqueceu na noite, como os controversos Pedro Gonzalez e Chico Recarey, Oreiro foi um dos donos da boate Help, reduto de prostitutas que foi outro ícone de Copacabana, demolida para dar lugar ao Museu da Imagem e do Som.
O empresário chegou a ser sócio do Bingo Arpoador no período em que a atividade era legalizada, mas, aos poucos, foi se desfazendo dos negócios polêmicos para se concentrar nos hotéis. Em cada empreendimento, Oreiro tem um grupo diferente de sócios. São cerca de 30 fiadores de sua fama de negociador audacioso coroada com o ex-Le Méridien.
Com a aquisição do principal arranha-céu da Avenida Atlântica, a rede ganhou de uma só vez 545 quartos. O prédio pertencia à Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que decidiu vendê-lo em 2009 depois de divergências com a então operadora Iberoestar sobre reformas necessárias.
Oreiro não pensou duas vezes. Entrou na disputa e levou por R$ 170 milhões. O hotel foi então fechado para a reforma, cujo custo é estimado em pelo menos R$ 100 milhões. O Windsor Atlântica abriu parcialmente no réveillon e será inaugurado oficialmente em março, pouco antes do carnaval. Mais da metade dos quartos já está reservada.
Entre as novidades voltadas para o turismo de negócios estão quatro andares de suítes executivas com direito a mordomo. As duas suítes presidenciais ainda estão em obras. O hotel ganhou dois andares operacionais a mais, com a criação de um spa no lugar do restaurante panorâmico e a construção de um bar com piscina no topo.
Cautela. A rede aposta no mercado carioca com cautela. Abre um novo hotel em Copacabana ainda este ano e começa a construir duas unidades na Barra da Tijuca para atender à demanda dos eventos esportivos, mas só com a garantia de que seguirão sustentáveis no dia seguinte.
Para os projetos na Barra (que somam 950 lugares), onde já tem um cinco estrelas, a empresa pediu crédito da linha especial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as cidades-sede da Copa. A rede ainda busca oportunidades de aquisição em bairros nobres, como Ipanema e Leblon, mas ainda não tem planos de operar fora do Rio.
"O Rio tem a melhor taxa de ocupação e diária média do País. Temos ainda um grande potencial de crescimento e nossa própria construtora no Rio. Sair daqui agora não está nos planos", diz Ribeiro, que só admite Brasília no radar do grupo. "É um mercado que olhamos com interesse, mas não para agora."
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