segunda-feira, 8 de novembro de 2010

EDUCAR: Cuidado Escola, com a Alfabetização!

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CUIDADO ESCOLA, COM A ALFABETIZAÇÃO! 
por Vera Lucia Camacho



O Ensino da leitura tem sido no Brasil, há mais de 500 anos, uma aprendizagem mecânica, um juntar de letras sem nenhum significado motivador para uma criança de nossos dias.
Este juntar letras, o reconhecer nomes de letras, dizer pedacinho por pedacinho, torna leitura monótona, lenta e desinteressante para uma criança, onde a velocidade da informação nada combina com esse processo utilizado pelos padres jesuítas desde o Descobrimento do Brasil.
Algumas Escolas, já muito à frente dessa postura, tomam decisões e mudam seu método para fazer com que tais crianças não sejam como a maioria hoje em nossas escolas, alunos que não possuem o hábito de ler e pouco entendem quando o fazem.
A Alfabetização não só no Brasil, tem sido um processo muito desgastante se for mal iniciado e um processo brilhante quando bem trabalhado.
Geralmente os primeiros livros de alfabetização se importam com o código ou letras e com a descoberta das famílias silábicas, usando textos artificiais, limitados ao emprego somente de determinadas sílabas deixando a criança afastada do conhecimento, que a leitura poderia trazer. A criança pode aprender assim, sabemos disso, mas despertar o prazer pela leitura é o nosso objetivo!Não basta decifrar os símbolos gráficos, isso não é saber ler, será preciso interpretar a mensagem.
Outros livros e métodos se preocupam com relacionar o som com as letras.
Ninguém fala somente palavras com p, d, v, l, m, e assim por diante.As letrinhas isoladas não possuem significados reais e concretos para uma criança .
A linguagem é algo vivo dinâmico, que transmite que comunica que envolve.
A criança precisa explorar o mundo gráfico, através daquilo que lhe vai trazer uma mensagem interessante, uma descoberta. uma grande viagem imaginária onde LER é entender o significado da palavra formando idéias, criando críticos e reflexões.
A nova criança é ativa, é esperta, não quer esperar tanto tempo para descobrir.

A questão é tão séria que surge nos pais, a dúvida:
Porque ele ou ela não aprende a ler se é tão esperto (a) para as coisas que se interessa? 
O nosso objetivo não deva ser o verificar o que a criança não sabe ou o que sabe.Na alfabetização precisa haver um conforto e uma auto confiança da criança.
Sempre que a criança desejar escrever uma palavra, essa palavra deverá estar ao seu alcance de sua visão, para sua construção, para sua criação, para seu interesse.
Inserir em nosso dia a dia o treino ortográfico visualizado, e não mais o ditado de verificação sistemático verificando os erros e acertos. Vale o ditado de fixação. Há uma grande diferença entre esses tais ditados.
Eliminando-se as hipóteses de comprometimentos com alguma disfunção neurológica, intelectual ou emocional que impeça essa criança de aprender, cabe a todos nós olharmos com mais carinho para essa nova criança tão capaz para o mundo tecnológico e tão incapaz para o ler com prazer pela leitura.
O valor da Leitura não é para a Escola é sim para uma Prática Social.
“Professores e Famílias precisam urgentemente estabelecer uma ponte entre o Saber vida” e o “Saber escola”.Se não for assim, para quê servirá então a escola? Precisamos entender também, que a alfabetização não se esgota numa única série, ela é um compromisso fundamental em todos os níveis, principalmente nos três primeiros anos da vida escolar. Essa é realmente uma condição de alfabetização.


Lucia Camacho é Psicopedagoga- Orientadora Educacional , Professora e Palestrante em Cursos de formação de professores, Faculdades de Educação do RJ e Cursos de Orientação a Pais e Escolas

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