quinta-feira, 11 de novembro de 2010

MEIO AMBIENTE:Limpando a barra

DISQUE DENÚNCIA 2253-1177
Limpando a barra
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A esperança de ver o complexo lagunar de Jacarepaguá equilibrado e saudável mede hoje quatro hectares. A área, equivalente a quatro campos de futebol, situa-se na margem esquerda da Lagoa do Camorim, na Barra, onde um trabalho de recuperação do manguezal possibilitou, em apenas cinco meses, o retorno de 
animais e a revitalização do ecossistema. Resultado de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o trabalho pode ser encarado como a prova de que é possível recuperar a fauna e a flora das lagoas com soluções simples e baratas.

O contraste entre as duas margens da Lagoa do Camorim é gritante. À direita, o que se vê é pouca vida e muito lixo. Cadeira, boneca, tamanco, televisão, bola e velotrol são algumas das “espécies” que nadam hoje no espelho d’água. Plantas exóticas crescem e tomam o lugar da vegetação nativa, provocando desequilíbrio no ecossistema. Do outro lado, pássaros sobrevoam o manguezal recuperado e caranguejos retomam o espaço abandonado, enquanto objetos como pneus são barrados pela cerca de proteção. 


A diferença entre os dois cenários é de cinco meses. Nesse período, o biólogo Mario Moscatelli comandou uma equipe de cinco pessoas, que retirou 150 toneladas de lixo e transformou uma das margens. Ele foi contratado por uma empresa que causou danos à Lagoa do Camorim e agora cuida de sua revitalização, conforme acordo assinado com o Ministério Público Estadual.
— Dois terços da pesca na zona costeira dependem direta ou indiretamente das áreas de mangue. Se você as destrói, acaba com a biodiversidade — explica o biólogo.
O projeto todo custou cerca de R$ 300 mil, cifra insignificante comparada aos R$ 400 milhões previstos para o orçamento de 2011 do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), órgão executivo da Secretaria estadual de Meio Ambiente, que é responsável pelas lagoas da Baixada de Jacarepaguá.

— Os custos envolvidos na recuperação do manguezal são muito reduzidos em vista do ganho praticamente imediato que se tem — diz Moscatelli. — Se hoje fosse dado início a um projeto geral no manguezal, que incluísse a instalação de unidades de tratamento de rio (UTRs), em três anos você teria a área toda recuperada.
Postado originalmente por:http://lc4.in/G5Bx 
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