Rio 2016: Cedae conclui projeto para escoamento de
esgoto na Barra, que inclui construção de elevatória
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Foco da construção civil, o trecho da Barra da Tijuca onde serão instalados os principais equipamentos das Olimpíadas de 2016 poderá se expandir sem contribuir para a poluição da Lagoa de Jacarepaguá. A Cedae concluiu projeto de engenharia para a implantação de um sistema visando a escoar o esgoto das avenidas Abelardo Bueno e Salvador Allende e imediações, até a estação de tratamento da Avenida Ayrton Senna, que se interliga ao emissário submarino da Barra. O presidente da Cedae, Wagner Victer, anuncia para dentro de 30 dias o início das obras de construção de elevatória, já batizada como Olimpíada Rio 2016. Para a instalação de 15 quilômetros de troncos, Victer está negociando uma parceria com empresários que tenham empreendimentos na área.
- Esta é uma região que não para de crescer. E crescerá muito tendo em vista as Olimpíadas - diz Victer. - Historicamente, as redes são implantadas depois das construções. Agora, concluímos um projeto para nos antecipar aos problemas.
Para este trecho da Barra estão projetadas a Vila Olímpica, a sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o Centro de Imprensa. O complexo esportivo da prefeitura fica ali também. E, ainda, empreendimentos imobiliários de porte. Lançado pela Carvalho Hosken na década de 90, o condomínio Rio 2 possui 37 prédios e 15.720 moradores. Num terreno de um milhão de metros quadrados, começou a ser erguido o Centro Metropolitano, projetado pelo arquiteto Lúcio Costa: para lá estão previstos 150 prédios, escolas, supermercados e um shopping (este já lançado). Mais um empreendimento está nascendo na vizinhança: o Cidade Jardim, numa área de 570 metros quadrados, que poderá abrigar 64 prédios, quatro deles prontos.
Sistema poderá atender 250 mil pessoas em 25 anos
Âncora do novo projeto da Cedae, a elevatória Olimpíada Rio 2016 custará R$ 25 milhões. O prazo de execução da obra é de dois anos. Já a construção dos troncos é estimada entre 12 a 18 meses, com investimento variando entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões. O sistema, segundo Victer, terá condições de coletar até 800 litros de esgoto por segundo, atendendo 250 mil pessoas nos próximos 25 anos.
A nova parceria público-privada (PPP) é semelhante à celebrada com os responsáveis pelos empreendimentos Península 1, Península 2 (Gleba F) e O2, junto à Lagoa da Tijuca e à Via Park. A obra fica pronta no fim do ano, permitindo escoar 400 litros de esgoto por segundo de 125 mil pessoas.
- Com a interligação ao emissário, evita-se a construção de estações de tratamento para os prédios, que não funcionam adequadamente - diz Victer.
O presidente da Câmara Comunitária da Barra (representa os condomínios), Delair Dumbrosck, está decidido a intermediar uma nova parceria. Ele lembra que uma estação de tratamento custa R$ 300 mil:
- E, com a rede, quem tem estação a desativa, deixando de gastar com manutenção.
Para o presidente da Carvalho Hosken, Carlos Carvalho a rede da região da Via Park será um avanço. Quanto à nova parceria, ele se mostra receptivo:
- Temos que colaborar.
Carvalho defende ainda outro projeto: o de construção de estações de tratamento de rios da Baixada de Jacarepaguá, que cortam comunidades:
- Um grande problema que se tem é a matéria orgânica proveniente de rios que chega, in natura, às lagoas. A prefeitura está construindo uma estação (do Arroio Fundo, com previsão de inauguração este mês). Com as Olimpíadas, estações para os demais rios da Baixada de Jacarepaguá têm de ser feitas.
Também o vice-presidente RJZ Cyrela, Rogério Jonas Zylbersztajn, se mostra favorável a parcerias:
- Com a união entre empresários e o estado, projetos que ficavam adormecidos agora saem rapidamente do papel.
Postado originalmente por:http://lc4.in/lGFQ
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