Califórnia rejeita legalização da maconha
Informação é da imprensa americana;
droga pode ser usada sob prescrição médica no Estado
LOS ANGELES - Os californianos decidiram na terça-feira, 2, em votação, contra a legalização da maconha para uso recreativo no Estado, segundo as pesquisas de boca-de-urna feitas pelos meios de comunicação dos Estados Unidos.
O resultado coincide com as últimas sondagens, que mostravam oposição majoritária para que não houvesse a liberação da droga para este fim. A droga atualmente está legalizada na Califórnia, desde que haja prescrição médica no tratamento de doenças que vão desde a insônia até o câncer.
Horas antes de se encerrar a votação, os idealizadores da Proposta legislativa 19, como ficou conhecida, diziam que apesar da derrota iminente "haviam colocado a maconha na boca de todo o mundo e que a discussão continuava aberta", como frisou Dale Sky Jones, um dos responsáveis pelo centro educativo sobre a maconha da Oaksterdam University, na Califórnia.
Defensores famosos
Os defensores da legalização - que incluem personalidades como a atriz Susan Sarandon e o bilionário George Soros - dizem que a taxação sobre a venda da droga traria uma considerável receita extra para o Estado e permitiria que policiais e o poder judiciário se concentrassem em lutar contra drogas mais pesadas.
Os críticos, porém, alegam que a legalização da maconha prejudicaria o desempenho acadêmico dos estudantes e aumentaria o número de acidentes no ambiente de trabalho. O governador do Estado, Arnold Schwarzenegger, e a Casa Branca comemoraram a derrota da proposta. "Hoje, os californianos reconheceram que legalizar a maconha não vai tornar nossos cidadãos mais saudáveis, resolver o problema orçamentário da Califórnia ou reduzir a violência ligada às drogas no México", declarou o diretor para Política de Drogas da Casa Branca, Gil Kerlikowske, após a divulgação dos primeiros resultados.
"O governo Obama foi claro em sua oposição à legalização da maconha porque pesquisas revelam que o uso de maconha está associado a internações voluntárias para tratamento de vícios, acidentes fatais sob influência de drogas, doença mental e admissão em setores de emergência nos hospitais."
Em Tempo:O presidente do México, Felipe Calderón, havia criticado a votação. Ele disse que seria contraditório os EUA lutarem contra o narcotráfico e, ao mesmo tempo, permitir o consumo deliberado da droga em algumas partes de seu território.
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