Cientistas da Nasa dizem ter descoberto feixes de antimatéria acima de tempestades na Terra
Tal fenômeno nunca havia sido visto antes. Isto só foi possível com a ajuda do telescópio Fermi, projetado para monitorar os raios gama. Eles acreditam que as partículas de antimatéria são formadas em um flash terrestre de raios gama (TGF), uma breve explosão produzida dentro de tempestades e associada a raios de tempestades. Estima-se que cerca de 500 TGFs ocorrem diariamente em todo o mundo, mas a maioria não é detectada.
"Esses sinais são a primeira evidência direta que as tempestades produzem feixes de partículas de antimatéria", disse Michael Briggs, membro da equipe de monitoramento de explosões de raios gama do Fermi, na Universidade do Alabama, em Huntsville. Os resultados foram apresentados na segunda-feira, durante entrevista coletiva na reunião da Sociedade Astronômica Americana, em Seattle.
Os cientistas há muito suspeitavam que os TGFs surgem dos fortes campos elétricos perto do topo das tempestades. Sob as condições corretas, o campo fica forte o suficiente e se torna uma ascendente avalanche de elétrons. Atingindo velocidades quase tão rápidas quanto a luz, os elétrons de alta energia liberam raios gama quando são defletidos pelas moléculas de ar.
Mas a cascata de elétrons produz tantos raios gama que os elétrons e pósitrons são expelidos da atmosfera. Isso acontece quando a energia dos raios gama se transforma em um par de partículas: um elétron e um pósitron. São essas partículas que atingem a órbita do Fermi.
"Os resultados do Fermi nos coloca um passo mais perto de compreender como funcionam TGFs", disse Steven Cummer, da Universidade Duke.
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