terça-feira, 11 de janeiro de 2011

NOSSA BARRA: Promotora do MP fala sobre combate a loteamentos irregulares

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Este Post tem apoio cultural da Inspiração Perfumes
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Combate a loteamentos irregulares
por Felipe Sil
Loira, alta e bonita, a promotora Christiane Monnerat, do Ministério Público Estadual (MPE), tem chamado a atenção. Não pelo lado estético, mas pelo combate aos crimes de loteamento irregular no Recreio e na região das Vargens. Moradora da Barra, trabalha na 19 Promotoria de Investigação Penal, que abrange a área de Jacarepaguá, focando principalmente a Cidade de Deus, em conjunto com a 32 DP (Taquara). Ela também lida com questões da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA). Desde abril, também colabora com os inquéritos da 42 DP (Recreio) sobre a ocupação ilegal do solo. Naquele mês, foi convidada pela delegada Carolina Salomão para ajudar nas investigações sobre a atuação de grileiros na sua área de abrangência. Nesta entrevista, Christiane fala sobre como age para combater este crime e sobre a vida na Cidade de Deus após a pacificação. 

Como se tornou uma famosa combatente do loteamento irregular? 
Christiane Monnerat: Geralmente, crimes deste tipo envolvem também crimes ambientais. Em boa parte das vezes trata-se de área de proteção permanente que é desmatada em algum trecho. Como trabalho junto com a DPMA, passa a ser um problema meu. Por isso, tenho agido em muitos casos que chegaram à mídia. 

Qual o seu papel nas investigações contra este tipo de crime? 
Christiane: A minha promotoria é criminal. Eu basicamente apuro os crimes com a ajuda de uma perícia técnica. Depois, outros setores podem tomar medidas cabíveis. No meu caso, embora a 42 DP (Recreio) não esteja na minha responsabilidade, recebi o pedido da delegada titular da unidade, Carolina Salomão, para ajudar no combate ao loteamento irregular. Talvez porque eu já tenha trabalhado em casos parecidos antes e tenha mais detalhes sobre como agem os grileiros. 

Como costumam agir os grileiros? 
Christiane: É algo muito complexo, mas, basicamente, eles se aproveitam de terras que não são deles e vendem lotes para consumidores que têm o sonho de morar nesses lugares. Muitos compradores acreditam que estão adquirindo algo legal e não sabem de toda a ilegalidade envolvida no processo. 
Com a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 definidas, houve um aumento do problema? 

Christiane: Não diria que aumentou, mas a nossa atuação está ainda mais intensa, principalmente neste lado de Vargem Grande e Vargem Pequena. A expansão imobiliária e a especulação podem ser ainda maiores nos próximos anos, e precisamos estar atentos. 

Como avalia, atualmente, a questão da segurança na Cidade de Deus, sua área de atuação, quase dois anos após a entrada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade (em fevereiro de 2009)? 
Christiane: Posso dizer que mudou completamente. Não há mais aquela situação crítica que existia no passado, quando foi inclusive cenário de filme. Certo que ainda há tráfico, mas é pontual. Quer dizer, não há endolação ou produção de drogas ali dentro. As unidades policiais estão permanentemente atentas, e os bandidos não tomam mais conta do local.
Fonte: bairros.com

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