quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

MODA: Fashion Rio começa pra valer

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Este Post tem apoio cultural de Mister Body Art
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As primeiras grandes grifes do Fashion Rio desfilaram suas coleções no Píer Mauá
A sempre exótica Alessa Migani abriu o apetite por moda no que foi o primeiro desfile da noite de abertura do Fashion Rio.
Em estampas digitais enormes - como é de seu costume -, a estilista levou para a passarela bolinhos, confeitos e brigadeiros.
Junto com paetês, brilho, certa transparência em listras e detalhes em pêlos, surgiram em peças de formato grande, mas com cintura bem marcada.
Destaque para o longo-capa laranja.

Filhas de Gaia:
Inspiradas pelo universo de Agatha Christie, as estilistas Marela Calmon e Renata Salles apresentaram suas mulheres fatais com toque masculino. Preto, marinho, verde, camelo e vinho foram as cores de um inverno em alfaiataria e formal, com paletós de lapela desconstruída e calças de cintura alta.
A sensualidade fica por conta das transparências, fendas e do movimento fluído de alguns vestidos e saias. Não caíram bem as peças com estampa de pijama masculino. Bonito, o longa transparente preto com listras de brilho se saiu muito melhor.
É preciso mencionar o styling de Rogério S. e Yasmine Sterea que deram o tom, arrematando suas montagens com gravatas no lugar de cintos e colares.

Melk Z-Da:
Após uma surpreendente coleção de verão (o estilista usou tapetes de banheiro em looks dramáticos e futuristas), Melk trouxe sua terra natal para o Rio de Janeiro. Fernando de Noranha chegou com seu artesanato e lendas, como a da mulher de longos cabelos que seduzia os homens do arquipélago.
Com shape seco e arquitetural, a assimetria que acompanha o criador desta vez apareceu basicamente em mangas e ombros desconstruídos. Sua geometria recortada foi destacada em transparências contrastando com cores fortes como coral, azul e amarelo.
Além de tafetá, organza, veludo, cetim, tricô, lã e tapeçaria o must have da coleção foi o cabelo sintético que brotou em detalhes e saias até que, em versão azul, dominou totalmente o look final - o mais impactante de um desfile que não comoveu, mas foi bonito.

Patachou:
Finalizando o primeiro dia de grandes desfiles do Fashion Rio, a mineira Erika Prada transportou a Patachou para um filme noir com direito a muita sensualidade e drama.
Um piano solitário no palco da passarela e Ravel em acordes modernizados deram o clima sorturno da coleção praticamente restrita à escuridão de preto, cinza e marinho que ali e aqui tinham alguns detalhes brilhosos ou em moulage.
Com cortes bonitos, o shape foi reto e funcional, dando a impressão que todas aquelas peças separadas podem, de fato, ir parar nas araras das lojas da grife.
Cetim, renda, tricô, paetê e jacquard fizeram crash de texturas - o que nem sempre resultou em look elegante. Ponto para a última montagem de Pedro Salles. que melhor harmonizou as texturas.

Fonte: Lucianno Maza, do Moda.PT

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