terça-feira, 11 de janeiro de 2011

DIREITOS DO CONSUMIDOR:BarraShopping e Via Parque devolvem dinheiro

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Este Post tem apoio cultural da Art & Neon
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BarraShopping e Via Parque devolvem dinheiro para usuários de estacionamentos
Na queda de braço entre consumidor e shoppings, o consumidor, pouco a pouco, está vencendo. Desde segunda-feira, o BarraShopping/New York City Center e o Via Parque, ambos na Barra, estão devolvendo a quantia cobrada a mais nos estacionamentos, por causa de um aumento sem justificativa aceita pelo Procon. Os dois estabelecimentos refizeram as tabelas, com preços mais baixos, e o consumidor pode procurar a administração, com a nota fiscal em mãos, para serem ressarcidos.

A polêmica dos preços abusivos se acendeu quando entrou em vigor a Lei 5.862/11, na última sexta-feira, de autoria da deputada estadual Cidinha Campos (PDT). Estacionamentos rotativos particulares ficaram proibidos de cobrar por mínimo de horas, mesmo as não utilizadas. Aplicação de multa por perda de comprovante de entrada também está vetada.

Além do BarraShopping e do Via Parque, o Procon esteve no RioSul, em Botafogo. O shopping, no entanto, não diminuiu os preços: cobra R$ 3 até meia hora, R$ 6 por uma hora e R$ 3 adicionais a cada meia hora depois de três horas. Os estabelecimentos notificados têm dez dias para justificar os aumentos, senão podem ser multados em até 3 milhões de Ufirs (R$ 6.405.600).

— O Procon vai continuar nas ruas, atrás de outras situações assim. E amanhã, a Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor da Alerj vai entrar com uma ação civil pública — informou a deputada Cidinha.

Ontem, o Procon montou um posto volante para orientar os consumidores e receber queixas. O delegado Carlos Augusto Nogueira, titular da Delegacia do Consumidor, afirmou que as equipes já estão nas ruas, para identificar e autuar os administradores dos estabelecimentos.

— Quem se sentir lesado pelos preços abusivos pode chamar a polícia — afirmou o delegado.

Boicote é convocado no Twitter

No Via Parque, o ex-deputado Eli Patrício ficou 35 minutos dentro do shopping, e teve de pagar R$ 5. Ele procurou a administração do shopping para reclamar:

— Disseram que eu estava isento. Estão burlando a lei — reclama Eli.

O NorteShopping aplicou a lei de preços proporcionais ao tempo. Mas os valores eram altos.

— Temos que deixar o carro aqui como pagamento — protesta o contador Cezar Laino, de 55 anos.

No Shopping Tijuca, houve quem pagasse R$ 9,50 apenas por algumas horas de compras.

— Perdemos a vontade de vir — disse a aposentada Maria Fragoso, de 58 anos.

Rumores de boicote a shoppings surgiram ao longo do dia em alguns perfis do Twitter, como @LeiSecaRJ e @BoicoteShopping. O presidente da Associação de Lojistas em Shopping Centers do Estado do Rio de Janeiro (Aloserj), Claudio Gordilho, teme que isso seja verdade.

— Achamos que o shopping tem que arcar com o estacionamento — opina.

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